sábado, 27 de dezembro de 2014

Oficina Brennand

Estive na Oficina Brennand em outubro para tirar fotos para a formatura com a minha turma. Aproveitei e tirei fotos para o blog. :D 

Endereço: Propriedade Santos Cosme e Damião, s/n, Várzea
Site: Oficina Brennand
Créditos: Rafa

Quem já leu outras postagens sabe que eu costumo falar bem dos lugares. Se não posso dizer que gostei, tento justificar meu desagrado e vou em busca de informações para mostrar os "prós" e os "contras" do passeio. 

Então, eu estava pesquisando sobre a Oficina Brennand para fazer uma postagem legal e fiquei pasma ao descobrir que, aparentemente, eu sou quase a única pessoa da internet que achou o lugar horrível! haha

Não confunda com o Instituto Ricardo Brennand, castelo que reúne coleções de pinturas, armarias, tapeçarias, artes decorativas, esculturas e mobiliário... e é bem bacana! 

Francisco Brennand é um artista recifense que iniciou seus trabalhos com desenhos e pinturas, só mais tarde se interessando pela cerâmica, principal destaque da Oficina. No site oficial, seu trabalho é descrito como "abissal, dionisíaco, subterrâneo, obscuro, sexual e religioso". Vai ver, só eu não entendi a mensagem artístico-filosófica.

Eu resumiria toda a obra com as palavras: fálico, pênis, pinto e piroca por todos os lugares da Oficina.
Créditos: Rafa

A Oficina Brennand foi construída em 1971, a partir das ruínas da antiga fábrica Cerâmica São João, que havia funcionado sob comando do pai do artista no período de 1917 a 1945. O acervo conta com mais de 2000 peças, distribuídas nos jardins e em galpões.

O acesso à Oficina não é dos mais fáceis: à esquerda da Av. Caxangá, na altura da UPA, imediatamente após a ponte, você segue por uma rua de motéis, ao final da qual você vira novamente à esquerda em uma estradinha de terra, que te levará até a Oficina. Muitos eventos são celebrados neste local, mas eu teria receio em acessá-lo à noite.

A estrada de terra não é muito longa, mas é o bastante para você ficar se perguntando se está no caminho certo.
Sim, é esse mesmo.
Créditos: Rafa

O horário de funcionamento é de segunda a quinta, das 08h às 17h, às sextas, das 08h às 16h, e aos sábados e domingos, das 10h às 15h. Fecha nos feriados. Como eu estava com a minha turma para fotos, não reparei se havia bilheteria. Embora não conste o valor do ingresso no site, li em texto do Diário de Pernambuco que é cobrado 10 (inteira) ou 5 reais (estudantes, professores e maiores de 60 anos). 

Jardins com mais esculturas fálicas.
Créditos: Rafa


Sou totalmente leiga em cerâmica. Certamente, muitas pessoas tem uma compreensão de arte muito superior à minha. Só que arte não é só técnica, também tem a ver com sentimento e não, eu não gostei. :(

Os jardins não me impressionaram a ponto de eu achar que vale a visita por eles. Não gostei das esculturas por achar o conteúdo sexual intrínseco a elas exposto de maneira agressiva e maciça. Se você entende de arte, pode ser que valha a sua visita. Se você é leigo, assim como eu, só recomendo se realmente você não tiver nada melhor pra fazer. Achei tudo muito esquisito. Desculpa, Oficina Brennand.

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2 comentários:

  1. Olá Rafa, minha xará!! Cheguei aqui por intermédio do Trip Advisor, e não poderia deixar de comentar.É bem como vc falou, a arte envolve uma milhão de coisas, entre elas, o sentimento. E é uma pena que não tenha despertado em você algum sentido que a fizesse perceber que valeu a visita. Não estou falando de considerar a obra do Francisco Brennand bela, muito menos estou aqui para contestar o entendimento sobre arte. Afinal, esses são conceitos altamente subjetivos: Beleza e Arte, não é mesmo??
    Quanto ao comentário "achar o conteúdo sexual intrínseco a elas exposto de maneira agressiva e maciça!", vejo que sim, vc compreendeu um dos sentidos da obra do Francisco Brennand. Ele permeia por vários temas, mas a sexualidade como única forma de perpetuação da vida, está lá, gritando, sob todas as formas que o barro poderia assumir.
    Só não achei válido vc sugerir a visitação apenas para aqueles que não tem nada melhor para fazer. Acho que como vc, os outros visitantes merecem ter a chance de descobrir a obra do Brennand (ou se chocar), e não se encantar como vc.
    Ou ter a chance de se apaixonar e venerar, como eu.

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  2. Obrigada pelo comentário, xará! Este é um blog pessoal e, embora eu tente apresentar de modo equilibrado os pontos positivos e negativos de um determinado passeio, no fundo, as recomendações refletem o meu gosto pessoal, afinal, são os meus roteiros. Por isso, comentários que expressem outro ponto de vista enriquecem o blog. Quanto à minha sugestão de que o passeio seria para quem não tem nada melhor para fazer, vou tentar exemplificar o que quis dizer. Muitas pessoas que passam pouco tempo no Rio de Janeiro escolhem ir ao Pão de Açúcar ou ao Corcovado, por serem atrações com maiores chances de agradar. Assim, elas deixam de descobrir muitos outros lugares bacanas, mas é bem provável que fiquem felizes com a escolha que fizeram. Quando os amigos vem a Pernambuco por pouco tempo, costumo levá-los à praia de Porto de Galinhas, às ladeiras de Olinda e ao Recife Antigo, pois são lugares que considero indispensáveis e com grande chance de que gostem. Ao esgotarem essas atrações mais conhecidas, talvez eu dissesse a um desses amigos: "Quer ver um lugar bem diferente? Vamos ao Brennand e você me diz o que achou." ;)

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